sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Capítulo 2


– Ta com ciúmes - A Paty cantarolou 
– Ta louca guria? - Perguntei - Minha parada é o Rômulo 
Fui pra casa, tomei banho, jantei, conversei um pouco com a minha mãe e com o Arthur, fiz as atividades de casa, só a metade, o resto a preguiça não deixou e me deitei, coloquei meus fones de ouvido, acabei adormecendo depois de ouvir várias vezes a música ''Tempo ao tempo'' de Jorge e Mateus, a música que me lembra o Rômulo
Mariana narrando 
Cheguei em casa puta da vida, não é mole olhar pra cara daquela idiotinha da Marcela todos os dias de novo. Liguei pra Dani, a unica que ainda é minha amiga, mesmo sendo a ''irmã'' daquela imbecil. Vlh, como ela pode? Um dia a Dani ainda vai ser a MINHA irmã, o telefone tocou umas 7 vezes e a Dani atendeu. 
– Oi amor, demorou pra atender em - Digo 
– Eu tava mandando um sms para a Marcela, desculpa - Ela diz 
– Tudo bem minha linda - que merda, essa Marcela é uma imbecil mesmo, até nisso eu tenho que pegar as sobras? - mas hoje você nem falou comigo direito vamos conversar
– É que o povo tava tudo em cima e tal, desculpa fofa. Mais me diga e as novidades 
– Lembra de Jessica que eu te falei, então ela vai estudar la no colégio 
– Ah que legal, amiga eu tenho que ir porque minha mãe disse que eu tenho que ir dormir e blablabla, depois agente conversa viu. 
– Ok flor, boa noite, te amo 
– ta, também, tchau. 
–--Ligação finalizada--- 

Fui dormir pensando em algo pra derrubar aquela putinha da Marcela.
Luis narrando 
Hoje eu usei meu velho metódo infalivel de pedir uma caneta pra minha pequena, sempre que nós brigavamos ano passado, eu pedia uma caneta e nós começavamos a rir muito. Cara, ela ta diferente, esta mais crescida, mais mulher, eu acho que estou gostando dela, a Dani é muito cheia da frescura sabe? Esqueci ela mesmo. Hoje na aula me deu uma puta vontade de roubar um beijo dela, mas ela não é deste tipo, tenho certeza que ia levar um fora e os lek ia tirar onda. No final da aula conheci o guri novato, o nome dele é Caio, esta sendo a sensação das pirralhas, só porque é loirinho, ai Deus, sou mais eu. 
– Sabe qual é o nome daquela delicia ali? - Caio me pergunta enquanto as meninas passam na nossa frente 
– Qual delas? 
– A de cabelo preto - Ele responde 
– Qual das duas? 
– A que você estava conversando hoje na aula 
– Marcela - Respondo - Mas já tem dono 
– E é? - Ele pergunta rindo - Eu ainda pego ela 
Fiquei puto da vida com isso 
– Ela não é dessas 
– Imagino - Ele diz - Quem é o sortudo? 
– Rômulo Montenegro, 9º ano A 
– Hm - Ele respondeu pensativo. 
Passei a tarde no morro de um amigo e vim pra casa, meus pais não gostam que eu esteja lá, na verdade, eles nem sonham, se descobrirem vai embasar, então deixa quieto. Mas afinal, eu conheci o chefão de lá pelo meu pai, eles são amigos, quando o chefão usa o disfarce de homem direito.
3 MESES DEPOIS
Marcela narrando 
O tempo foi passando e cada dia que passa eu estou mais apaixonada pelo Rômulo, o jeito dele me faz ficar doida, eu perco o chão só de olhar para ele. As pessoas só dizem que ele quer me usar e que eu vou ser mais uma para a listinha dele, mas não ligo, foda-se o que dizem, talvez seja até verdade, mas o que importa é a minha felicidade, nem que ela seja momentanea, agora que o amor me pegou, eu não posso mais fugir. Ontem a Dani disse que ouviu umas meninas da sala dele falarem que ele tinha dito que ia me pedir hoje, eu praticamente não consegui dormir a noite inteira. 
*** 

Dormi agarrada com a minha cadelinha a Amora, eu a amo tanto, acho que nunca vou conseguir viver sem ela. 
Acordei com o coração apertado. Levantei, tomei banho, fiz minha higiene, desci, tomei café, escovei de novo os dentes e fui pro colégio. Cheguei, entrei direto na sala. Luis chegou, estávamos sozinhos. 
– Oi - ele disse. 
– Oi - disse levantando minha cabeça
– Que foi minha pequena? - Ele pergunta notando a minha expressão que deve estar bem triste - Esses tempo você não fala mais comigo direito, eu achava que eramos amigos... Aconteceu alguma coisa? 
– Me abraça - Falo enquanto as lagrimas caem e o pior eu não sabia o porque daquilo. Eu estava feito uma retardada, abraçada com o menino mais cheiroso do mundo, chorando e sem saber o motivo. Se eu disse-se a verdade ele ia me chamar de louca, se eu não conta-se acho que ele ia ficar magoado. Nós ficamos alí, abraçados por uns 10 minutos, eu chorando e ele tentando me falar algo que me fizesse para. Fomos interrompidos pela Dani, que chegou e derrubou alguns livros, talvez por ciúmes, talvez por susto ou talvez pra atrapalhar mesmo.

Capítulo 1



– Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarcela meu amor - Paty grita do final do corredor 
– Minha linda - Digo a abraçando - Que saudades 
Fomos procurar a nossa nova sala, ela ficava um pouco mais afastada dos bebedores e dos banheiros, diferentemente da antiga. Logo o sinal bateu e nós entramos para o primeiro dia do massacre. Não que eu não goste de estudar, pelo contrário, eu amo, principalmente Português e literatura, eu sempre em ser escritora. 
Eu me sentei ao lado da Dani, espero que nenhum professor me troque daqui rs. Não vi o Rômulo, afinal, estudamos em salas diferentes, eu sou do nono ano C, ele do nono ano A. Luis chegou no segundo horário, a professora de matemática não foi com a minha cara, muito menos eu com a dela rsrs. 

Luis narrando 
Cheguei pro sofrimento anual. A única coisa que me interessa mesmo são as gatinhas e os brothers, porque o resto, foda-se. Bom, cheguei na segunda aula e dei de cara com a Marcela, não falei com ela porque ela não falou comigo, acho que depois do intervalo eu não vou aguentar e vou falar, vamos ver né? Eu não sei o que sinto por ela, se é que sinto alguma coisa, ela é diferente, esta extremamente linda e parece que apaixonada, todos estão falando que ela e o Rômulo estão de caso, eu não sei de nada, só sei que se ele fizer ela sofrer, eu quebro ele no casete. 

Dani narrando 
Bom, eu gosto do Luis, mas antes de tudo amo a minha irmãzinha linda. Eu não sei bem porque falo isso, mas hoje quando o Luis entrou na sala, eu senti olhares tensos, bem tensos entre eles. Bom, ano passado quando eu e o Luis ficamos e eles ainda brigavam, Luis me disse que não sente nada por ela e que estava começando a gostar de mim, as férias começaram e eu viajei, não sei no que isso vai dar...
Marcela narrando 
No internalo esbarrei com o Rômulo, ele me puxou e nós demos um abraço bem apertado, todos no restaurante olharam e começaram as fofoquinhas. Depois deste abraço, a única coisa que sei é que não é apenas amizade, ah Deus, me proteja. Assim que entrei na sala depois do intervalo, a aula de Geografia começou e o Luis veio falar comigo 
– Ei novinha me empresta uma caneta - Ele disse se sentando ao meu lado 
– Bom dia né não? - Digo irônica 
– Bom dia minha pequena - Ela finalmente sorrir 
– Achei que não ia falar comigo - Digo rindo 
Passamos o resto das aulas conversando, mesmo com as mil e uma reclamações que levamos, foda-se o papo tava bem legal. Almocei em um restaurante próximo ao colégio com a Paty e com a Dani, nós ficamos a tarde inteira vagabundando no colégio, brincando, dançando, correndo, como nos velhos tempos rs. A Dani me falou que estava apaixonada pelo Luis e que não vai desistir dele, eu fiquei de boa, mas meio que um clima chato se instalou no lugar. 

Prólogo



Marcela narrando
A ansiedade é desconcertante, faz tanto tempo que não vejo todos, nem acredito que tudo vai começar novamente, as mesma risadas, as mesmas palhaçadas. O tenso vai ser quando eu olhar para o Rômulo mais uma vez, eu não sei mais o que exatamente sinto por ele, ele é galinha demais pra mim, eu não quero me decepcionar e ponto final, vai ser assim, eu nunca lutei para esquecer alguém, na verdade, talvez eu nunca tenha me apaixonado, mas só talvez.
– Vamos Artur - Grito enquanto espero no carro
Eu acordei muito cedo, na verdade, nem consegui dormir, várias coisas martelavam a minha cabeça e acabei por escrever alguns textos e ouvir música até o dia clarear. Quando isso ocorreu, tomei meu banho, fiz minha higiene, tomei café, escovei os dentes, peguei meu material e fiquei esperando o lerdo que eu mais amo do Artur.
– Calma garota - Ele diz entrando no carro
– Eu estou calma - Respondo rindo
– Não parece - Ele rir também.
Artur da partida no carro.
– Tem noticias de meu pai? - Pergunto
– Eu tentei acha-ló, mas foi em vão
– O que quer dizer?
– Parece que ele não quer ser encontrado
Um silêncio se instala no carro
– Você sabe que eu sempre estarei aqui, quando você precisar - Ele diz tentando me ajudar
– Sim, eu sei - Digo - Obrigada por tudo
– Um dia eu ainda ouvirei você me chamar de pai - Ele diz rindo
Eu ignoro, tento segurar o choro. Sim, o Artur sempre me apoiou em tudo, mas não era bem assim sabe? Eu tenho saudades do meu pai, eu não entendo porque ele me deixou, eu era apenas uma criança, que mau eu poderia fazer? Ele nem deve se lembrar que eu existo, mas eu lembro todos os dias que ele existe e eu sonho para que ele volte e me der um abraço de ''urso'' como sempre fazíamos.