sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Prólogo



Marcela narrando
A ansiedade é desconcertante, faz tanto tempo que não vejo todos, nem acredito que tudo vai começar novamente, as mesma risadas, as mesmas palhaçadas. O tenso vai ser quando eu olhar para o Rômulo mais uma vez, eu não sei mais o que exatamente sinto por ele, ele é galinha demais pra mim, eu não quero me decepcionar e ponto final, vai ser assim, eu nunca lutei para esquecer alguém, na verdade, talvez eu nunca tenha me apaixonado, mas só talvez.
– Vamos Artur - Grito enquanto espero no carro
Eu acordei muito cedo, na verdade, nem consegui dormir, várias coisas martelavam a minha cabeça e acabei por escrever alguns textos e ouvir música até o dia clarear. Quando isso ocorreu, tomei meu banho, fiz minha higiene, tomei café, escovei os dentes, peguei meu material e fiquei esperando o lerdo que eu mais amo do Artur.
– Calma garota - Ele diz entrando no carro
– Eu estou calma - Respondo rindo
– Não parece - Ele rir também.
Artur da partida no carro.
– Tem noticias de meu pai? - Pergunto
– Eu tentei acha-ló, mas foi em vão
– O que quer dizer?
– Parece que ele não quer ser encontrado
Um silêncio se instala no carro
– Você sabe que eu sempre estarei aqui, quando você precisar - Ele diz tentando me ajudar
– Sim, eu sei - Digo - Obrigada por tudo
– Um dia eu ainda ouvirei você me chamar de pai - Ele diz rindo
Eu ignoro, tento segurar o choro. Sim, o Artur sempre me apoiou em tudo, mas não era bem assim sabe? Eu tenho saudades do meu pai, eu não entendo porque ele me deixou, eu era apenas uma criança, que mau eu poderia fazer? Ele nem deve se lembrar que eu existo, mas eu lembro todos os dias que ele existe e eu sonho para que ele volte e me der um abraço de ''urso'' como sempre fazíamos.

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